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A educação em Marabá e para Marabá

Notícias relevantes sobre diversas áreas da educação.

ENSINO MÉDIO INOVADOR - PJF

As últimas informações sobre o programa PJF.

PAUTA DA I FORMAÇÃO DE MATEMÁTICA

Pauta: O Objetivo da Matemática para O Novo Ensino Médio
DATA: 17/08/2011
HORÁRIO: 08:00 h as 12:00h e das 17:00h as 22:00 h.
LOCAL: Escola
PARTICIPANTES: Professores de matemática do Ensino Médio.
FORMADOR: Prof. Wendel Matos

1ª FORMAÇÃO HISTORIA, GEOGRAFIA, FILOSOFIA E SOCIOLOGIA

DIA 25 DE AGOSTO DE 2011

DISCIPLINAS: HISTÓRIA, GEOGRAFIA, FILOSOFIA E SOCIOLOGIA

MANHÃ
HORÁRIO:07:30h  ÀS 12:00h
LOCAL:CÂMARA DOS VEREADORES DE MARABÁ

NOITE
HORÁRIO:18:00h às 22:30h
LOCAL:ESCOLA PLINIO PINHEIRO - VELHA MARABÁ

1º FORMAÇÃO ESPECÍFICA PARA PROFESSORES/PROFESSORAS EM CONTEXTO DE TRABALHO DA REDE ESTADUAL DE ENSINO DE MARABÁ E REGIÃO

FORMAÇÃO DE MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIA /CIÊNCIAS NATURAIS E SUAS TECNOLOGIA

MANHÃ
DATA:18/08/2011
LOCAL:CÂMERA MUNICIPAL  DE MARABÁ
ENDEREÇO:AGRÓPOLIS DO INCRA-CIDADE NOVA
HORÁRIO:07:30h ÀS 12:00h

NOITE 
DATA:18/08/2011
LOCAL:ESCOLA  MENDOÇA VERGOLINO
ENDEREÇO:AV.PRESIDENTE VARGAS -VELHA MARABÁ
HORARIO:18:00h ÀS 22:30h

ATENÇÃO
AS DISCIPLINA SÃO: MATEMÁTICA, FÍSICA, QUÍMICA E BIOLOGIA






Formações


Ler devia ser proibido

A pensar a fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido.
Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu-se pelo mundo afora a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tornou-se esposa inútil para fofocas e bordados perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.
Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: O conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.
Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraíso misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. SE todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio; projetos, manuais etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?
É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir dever ser um privilégio concedido apenas alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da alcova...Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um.
Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.
Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.
Além disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros sentimentos...A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.
Ler pode tornar o homem perigosamente humano.

      GRAMMON, Guiomar. A formação do leitor: pontos de vista. Rio de Janeiro: Argus. 1999.pp.71-3

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